quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Aforismo 162 – Culto ao gênio por vaidade



No aforismo 153 Nietzsche começa a falar sobre o gênio, e neste aforismo ele desenvolve mais sua ideia. Aqui ele trata que o culto ao gênio e sua admiração a distância é enganoso, pois diz ser parte da vaidade do homem que por amor-próprio cultua o gênio de longe. E, ao não sentir desejo de inveja ou significar o gênio como “divino”, o homem está dizendo que a competição não é necessária.
“Mas, não considerando estes sussurros de nossa vaidade, a atividade não parece de modo algum essencialmente distinta da atividade do inventor mecânico, do sábio em astronomia ou história, do mestre na tática militar.”

“E além disso: tudo o que está completo e consumado é admirado, tudo o que está vindo a ser é subestimado.”

Podemos observar Nietzsche como um apreciador crítico, preocupado com o artista em seu vir-a-ser. O gênio, por exemplo, não é mais algo sobre-humano, mas é aquele que faz parte de um processo de construção. Nesse sentido, os criadores do futuro deveriam ser mais apreciados.





Obs: nesse vídeo é apresentado o processo de criação de Paul Jackson Pollock e um relato do próprio pintor sobre sua maneira de criar.

Um comentário:

  1. Comentário sobre a postagem: "There is no accident, just as there is no beginning and no end." Paul Jackson Pollock

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