segunda-feira, 14 de novembro de 2011

221 – A revolução na poesia

"- A severa coerção que se impuseram os dramaturgos franceses, com respeito a unidade de ação, de tempo e lugar, ao estilo, à construção do verso e da frase, à escolha de palavras e pensamentos, foi uma escola tão importante como a do contraponto e da fuga na evolução da música moderna, ou como as figuras de Górgias na eloquência grega."
Nietzsche ressalta neste aforismo a proximidade poética entre os franceses e os gregos. Notamos a arte contemporânea se perdendo, pois tudo já está criado, e voltando ao início da sua experimentação.

"Aos próprios franceses faltaram, depois de Voltaire, os grandes talentos que teriam prosseguido com a evolução da tragédia, da coerção à aparência de liberdade (...)"
Aqui Nietzsche faz uma defesa de Voltaire. E notamos no aforismo que mantém seu posicionamento a respeito de Shakespeare, onde destaca uma citação de Byron: "Considero Shakespeare o pior modelo, embora o mais extraordinário dos poetas."

Logo no aforismo 222 (O que resta da arte), aborda que a arte vinculada a metafísica também ja perdeu seu espaço, assim como a religião. Cita que "O homem científico é a continuação do homem artístico." Em seguida, no aforismo 223 (Crepúsculo da arte), ressalta que em breve iremos deparar o artista como "vestígio magífico (...) cuja força e beleza dependia a felicidade de tempos passados...", e termina o aforismo e também o capítulo considerando que "o sol já se pôs, mas o céu de nossa vida ainda arde e se ilumina com ele, embora não mais o vejamos."

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