segunda-feira, 21 de novembro de 2016
sábado, 15 de outubro de 2016
Grupo de Estudos Nietzsche: Genealogia da Moral
O Grupo de Estudos Nietzsche UFPel, tem o prazer de convidar a
comunidade em geral para a leitura da segunda dissertação da obra Genealogia da Moral, que iniciará na
próxima segunda-feira (17/10) às 16hrs.
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Apresentação e Lançamento do Dicionário Nietzsche do GEN.
O evento ocorreu no dia 21/09/2016 na
Universidade Federal de Pelotas, com a participação do Professor Dr. Clademir
Araldi e do Professor Dr. Luis Rubira. Seguem imagens:
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Além do Bem e do Mal – Capítulo: Povos e Pátrias. Aforismo 255: Sobre a Música.
Pintura de Richard Wagner (artista não identificado).
Sabemos
bem a importância da música no pensamento nietzschiano. É a música a mais bela
das experiências estéticas, é ela capaz de exprimir da sociedade as mais diversas
informações de sua cultura. A música
representa, portanto, elementos morais que caracterizam seu povo. Para o
filósofo, seria a música transcendente das barreiras de espaço e de tempo,
chegando aos ouvidos de todos, até mesmo daqueles que não querem ouvir. Por
isso, parece correto afirmar que, ao querer modificar a cultura – como pretendia
Nietzsche na elaboração de sua Filosofia – deve-se primeiro se atentar e modificar
a sua música. Parece-nos clara essa afirmação quando levamos em conta que em
seu projeto de crítica da moral e dos valores cristãos, o autor buscou na
figura de Wagner um auxilio para elevar a comunidade europeia, recuperando
antigos valores fortes dignos da tragédia grega.
Eu poderia
imaginar uma música em que a rara magia seria nada mais saber de bem e mal,
sobre a qual talvez alguma saudade marinheira, sobras douradas e suaves
fraquezas apenas passassem vez por outra: uma arte que de longe percebesse,
fugindo em sua direção, as cores de um mundo moral declinante, já quase
incompreensível, e fosse hospitaleira e profunda o bastante para acolher esses
refugiados tardios. – (NIETZSCHE, 1992, p. 165).
A
passagem anterior é suficiente em demonstrar a ligação entre fundamentação e
crítica da moral e da estética no pensamento nietzschiano. E como bem pretende
o autor, devemos “ruminar” sob o seu texto. Concluímos ainda com uma
provocação: Sendo a música o ponto de partida para a análise e crítica de uma
determinada sociedade, uma questão contemporânea sob as lentes nietzschianas
precisa ser considerada. Como será que Nietzsche descreveria o Brasil do século
XXI? Convido aos leitores do blog a divagarem acerca disso nos comentários
dessa publicação.
Beatrís Seus
Referências:
NIETZSCHE, Friedrich. Além do Bem e
do Mal: Prelúdio a uma Filosofia do Futuro. Tradução,
Notas e Posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Além do Bem e do Mal – Capítulo: Povos e Pátrias. Aforismos 250 e 251.
(Pintura "Disscusing Talmud" de Boris Dubrov; artista russo e israelita).
Beatrís Seus
Depois da segunda guerra
mundial, muito se especulou acerca da opinião de Nietzsche à cultura judaica.
Nestes dois aforismos em específico, temos a oportunidade de contemplar tanto
suas críticas, quanto seus elogios a este povo. Sabemos que neste capítulo de
sua obra, Nietzsche busca observar de forma crítica o seu próprio povo, ou
seja, o povo alemão. O filósofo busca através de outros exemplos culturais
pontuar o que mais seria apropriado e inapropriado de adotar para sua própria
pátria. Pensando nisso, iremos, portanto, ler com cuidado os trechos em
questão. O aforismo 250 introduz de maneira geral o que será trabalhado a
seguir. É no aforismo 251 que um leitor razoavelmente imerso no contexto
nietzschiano, consegue compreender ponto a ponto do que está sendo lançado ao
texto. Para Nietzsche, o povo alemão teria demonstrado “pequenos acessos de
imbecilização” na medida em que escolhe um determinado povo para sentir
repudia. Ao contrário do que observa na sociedade, Nietzsche pretende utilizar
o exemplo de outros povos e pátrias como móbil positivo para a melhora de seu
próprio país. É um erro afirmar que as críticas desenvolvidas pelo autor (pelo
menos nesta obra) tenham um caráter pessoal, como o criticado acima.
Sobre os judeus:
ouçam-me. – Ainda não encontrei um alemão que tivesse afeição pelos judeus; e
embora todos os homens cautelosos e políticos rejeitem de modo absoluto a
autêntica anti-semitice, mesmo essa cautela e essa política não se dirigem
contra o próprio gênero do sentimento, mas tão-somente contra a sua perigosa
imoderação, em especial contra a manifestação disparatada e vergonhosa desse
sentimento imoderado – quanto a isso não haja ilusões. (NIETZSCHE, 1992, p.
158).
Torna-se claro para nós
leitores de Nietzsche, que o filósofo despreza esse tipo de preconceito
superficial para/com outras culturas. Uma análise crítica construtiva é sim
possível onde os indivíduos presentes na discussão estejam livres de opiniões
senso comum, fundamentando seus julgamentos num plano de fundo suficiente. Mais
a frente no mesmo aforismo, Nietzsche afirmará que pelo contrário do que se
propagou na Alemanha de seu tempo, que os judeus seriam a raça mais forte, pura
e tenaz a viver na Europa. Concluímos após a leitura do final do trecho
selecionado, que para o autor, os judeus seriam um exemplo de superação. A raça
judia é considerada por ele, uma raça capaz de evoluir buscando adaptação nos
mais variados tipos de contextos. E indo contra a ideia perpetuada pela
Alemanha nazista, Nietzsche na verdade dirá que não só o povo Alemão, mas toda
Europa, deveriam aprender observando a força da cultura judaica. Esse povo
poderia para Nietzsche, contribuir com seus elementos mais fortes, para o
cultivo de uma nova casta que governasse a Europa livres de características consideradas
fracas.
Concluímos dessa forma,
que o filósofo já observava uma atitude antissemita na sua pátria, e sem
imaginar que seria tão mal interpretado alguns anos após a sua morte, Nietzsche
finaliza o aforismo 251 sem focar nos pontos negativos da cultura judaica. São
seus elementos mais fortes capazes de transformá-los em uma raça dominadora, na
perspectiva nietzschiana.
Beatrís Seus
Referências:
NIETZSCHE, Friedrich. Além do Bem e do Mal: Prelúdio a uma
Filosofia do Futuro. Tradução, Notas e Posfácio de Paulo César de Souza. São
Paulo: Companhia das Letras, 1992.
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Apresentação e Lançamento do Dicionário Nietzsche
Prezados, é com imensa satisfação que convidamos a todos para a
apresentação e lançamento do dicionário Nietzsche do Grupo de Estudos Nietzsche
(GEN). Seguem as informações:
terça-feira, 30 de agosto de 2016
Grupo de Estudos Nietzsche da UFPel: Retomada das Atividades.
Prezados,
É com satisfação que anunciamos o retorno das atividades do
Grupo de Estudos Nietzsche (GEN-UFPEL), na próxima segunda dia 05 de setembro.
As reuniões ocorrem a cada 15 dias das 16:00 às 18:30, com o prosseguimento do
estudo do capítulo VIII ‘Povos e Pátrias’ de Para Além de Bem e Mal. A sala de nossos encontros será determinada a partir da próxima semana.
CALENDÁRIO DAS ATIVIDADES:
SETEMBRO
05 – Retomada do grupo de
extensão com o prosseguimento da
leitura de BM
12 – Não haverá atividade (Semana
acadêmica pós- graduação)
19 – Feriado (dia 21 - Lançamento
do Dicionário Nietzsche)
OUTUBRO
03 – Leitura de BM (extensão)
17 – Não haverá encontro
(ANPOF)
24 - Leitura de BM (extensão)
NOVEMBRO
07 - Leitura de BM
21 - Leitura de BM
domingo, 24 de julho de 2016
terça-feira, 31 de maio de 2016
Nietzsche e o Espírito Latino
Novo título da Coleção Sendas & Veredas: Nietzsche e o Espírito Latino do filósofo italiano Giuliano Campioni
segunda-feira, 23 de maio de 2016
domingo, 22 de maio de 2016
quarta-feira, 11 de maio de 2016
O Grupo de Estudos Nietzsche da UFPel convida:
Convidamos a todos os interessados em iniciar os estudos em Nietzsche para uma confraternização nesta sexta feira às 18hrs no Marrabenta. A programação do grupo de estudos (aberto para a comunidade em geral) continua normalmente a partir da semana que vem (20/05). Nossas reuniões acontecem toda sexta-feira das 17hrs às 18:30hrs na sala 202 do IFISP. Estão todos convidados!
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Aforismo 240 - Para além de bem e mal
Reunião do dia 08 de Abril de 2016
A obra Para além de bem e mal,
é a primeira em que Nietzsche amarra seus conceitos de forma coesa. Este livro
transita em meio aos temas já tratados em Assim
falou Zaratustra, mas dessa vez em forma não-literal. Deixando introduções
de lado, partiremos então para uma pequena análise do aforismo que inicia o
capítulo 8 intitulado Povos e Pátrias.
Nietzsche trata nesse trecho acerca da música de Wagner e do povo alemão.
Wagner que antes era visto em O
nascimento da tragédia como o representante da modernidade e do espírito
trágico dos gregos (que modernizaria a Europa), agora é visto como uma
expressão da cultura alemã em que estava inserido, capaz de levar a Europa a
lugar algum. Para melhor esquematizar o pensamento nietzschiano, vamos
relembrar alguns pontos importantes abordados em O nascimento da tragédia: Nesta obra Nietzsche ainda estava
inserido no movimento romântico com vasta bagagem intelectual herdada de
Schopenhauer, nessa época ele estava preocupado em descrever uma possível
revolução através da arte. Através de Wagner o autor conseguia enxergar o
espirito dionisíaco dos gregos. Em 1876 o filósofo do martelo atualiza seu
pensamento e começa a desvincular-se da filosofia schopenhaueriana. A partir
disso, Nietzsche exprime em seus textos a importância em que a arte tem em seu
esquema filosófico, onde a música é a arte por excelência capaz de mover
multidões. Wagner que antes seria capaz de atualizar o povo através de seu
trabalho, agora apenas exprime o que o povo é através de sua música.
A arte possui um papel fundamental para a filosofia nietzschiana e, dessa
forma, o aforismo 240 apesar de breve exprime a evolução do pensamento do
autor.
Beatrís Seus
Beatrís Seus
Imagem: Fotocópia retirada do Nietzsche Source - nietzschesource.org
terça-feira, 5 de abril de 2016
Inicio das atividades do Grupo de Estudos Nietzsche - UFPel
Nesta semana iniciam as
atividades do Grupo de Estudos Nietzsche em 2016/1. As nossas reuniões são abertas
para o público em geral, estão todos convidados!
sexta-feira, 1 de abril de 2016
Sarau Zaratustra
Algumas
imagens referentes ao Sarau Zaratustra que ocorreu dia 30/03/2016 no casarão 6
em Pelotas. O Sarau contou com a presença de Stefano Buselatto da Università di
Siena/Itália e dos professores do Departamento de Filosofia da UFPel Clademir
Araldi e Luís Rubira.
segunda-feira, 28 de março de 2016
terça-feira, 22 de março de 2016
Sarau Zaratustra
É com grande
satisfação que o Grupo de Estudos Nietzsche - UFPel promove o 'Sarau
Zaratustra' no próximo dia 30. O evento conta com a participação do
professor Stefano Busellato da Universidade de Siena/Itália e dos
professores do departamento de Filosofia da UFPel, Luis Rubira e Clademir
Araldi.
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